Autoridades alertam: macaco não transmite febre amarela
Publicada em: 8 de Fevereiro de 2018 - 12h00 Por: Departamento de Jornalismo - ASCOMNotícias sobre casos de febre amarela em algumas regiões têm preocupado a população. Porém, um fato que também deixa em alerta as autoridades é que algumas pessoas, principalmente residentes em áreas rurais e com maior risco de contaminação, estão matando macacos por medo de contágio. Atenção, não existe razão para isso. Matar esses primatas não ajuda a combater a febre amarela, além de ser crime ambiental.
Segundo o coordenador de proteção ambiental da Secretaria de Segurança Pública de Rio das Ostras, Pomponet Rangel Rodrigues, é preciso destacar que os macacos também são vítimas da doença, assim como os seres humanos. “No ciclo silvestre da febre amarela, os primatas são os principais hospedeiros do vírus, mas os vetores, ou seja, aqueles que carregam o vírus e os transmite, são os mosquitos silvestres dos gêneros Haemagogus e Sabethes, que vivem nas matas” destacou.
Durante essa fase do ciclo, o ser humano pode se tornar um hospedeiro acidental, quando ele entra em áreas de mata e é picado pelo mosquito que carrega o vírus. O principal reservatório é, portanto, o mosquito. O macaco se tornou apenas um hospedeiro na mata, assim como o ser humano nas cidades.
ALERTA – O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade faz algumas recomendações como não manipular macacos encontrados mortos ou fragilizados, uma vez que existe o risco de contaminação por outras doenças (não pela febre amarela), sendo importante comunicar imediatamente às Secretarias Municipais e Estaduais de Saúde, e/ou Delegacias do Ministério da Saúde, responsáveis por analisar os casos e investigar a circulação do vírus da febre amarela.
Atenção. Ao encontrar macacos vivos, sadios e em vida livre, não capture, agrida, alimente ou retire de seu habitat. Ao presenciar ou saber de agressões e matanças de macacos denuncie às autoridades de meio ambiente (Secretarias Municipais e Estaduais, Ibama, Polícia Ambiental/Florestal), pois isto constitui crime ambiental. Em Rio das Ostras, a Coordenadoria de Proteção Ambiental da Prefeitura pode ser acionada pelo telefone 153.