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Luta e cultura dos negros são lembradas em mostra

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    Foto de uma apresentação de Capoeira para os visitantes da exposição
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    Foto do prefeito Sabino visitando a exposição ao lado do presidente e vice-presidente da Fundação Rio das ostras de Cultura
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    Foto de um casal de senhores observando quadros expostos na Mostra
Publicada em: 16 de Maio de 2013 - 15h12 Por: Departamento de Jornalismo - ASCOM

Com uma bela apresentação de capoeira, a Fundação Rio das Ostras de Cultura abriu a exposição “Liberdade, liberdade” na última segunda, 13. Um público de várias cidades da Região prestigiou a mostra, com quadros, peças antigas das fazendas que mantinham mão de obra escrava e objetos de torturas encontrados na cidade. Alunos da Escola Alfa Cem, do Rio de Janeiro, participaram do lançamento, que contou com apresentações de teatro e dança ligadas ao tema da mostra, celebrando os 125 anos da Abolição da Escravidão.

Para Sabino, foi um dia de reflexão. “Faço questão de participar destes eventos culturais porque remetem à minha infância. Lembro de minha avó e minha mãe contando que, quando jovens, os negros não entravam nos bailes promovidos aqui. Avançamos muito e precisamos divulgar essa cultura tão rica, trazida pelos africanos. Precisamos discutir a importância do papel dessas pessoas na sociedade”, conta.

A atriz Cláudia Bispo fez uma encenação logo após a cerimônia de abertura. No texto, frases de autores nacionais que retratam a saga, as aventuras e as conquistas dos negros. Representando a relação entre as “sinhás” e escravas alforriadas, os semblantes de duas atrizes levavam os participantes a fazerem suas próprias reflexões.

Além da apresentação da Associação de Cultura e Capoeira Balikuddembe, a Exposição recebeu um grupo de jongo de Quissamã, que fechou a noite. Para o professor e capoeirista Mestre Mistério, essa é uma cultura tipicamente negra. “São danças mescladas com a luta que vêm desde a época da escravidão. Quando levamos à frente a capoeira estamos contribuindo para a permanência da cultura de nossos antepassados”, relata.

Cosme dos Santos, presidente da Fundação Rio das Ostras de Cultura, diz que 13 de maio deveria ser um dia de debates sobre a situação da população negra no Brasil. “Depois da assinatura da Lei Áurea o que conseguimos? Que espaço estamos ocupando na sociedade? São esses pontos que devemos estar sempre atentos. O preconceito ainda existe, infelizmente”, conta.

O visitante da mostra Alberto Estanislau parabeniza a iniciativa. “Mesmo não sendo uma história boa de lembrar é interessante voltar ao passado e saber da luta desses nossos irmãos”, conta.

A exposição “Liberdade, liberdade” fica até dia 10 de junho na Casa de Cultura Bento Costa Junior, no Centro, de segunda a domingo, de 9h às 18h. Entrada franca.

Foto de uma apresentação de Capoeira para os visitantes da exposição Foto: Divulgação
Foto do prefeito Sabino visitando a exposição ao lado do presidente e vice-presidente da Fundação Rio das ostras de Cultura Foto: Divulgação
Foto de um casal de senhores observando quadros expostos na Mostra Foto: Divulgação

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