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Município é pioneiro em pesquisa sobre Alzheimer

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    Foto de várias pessoas em uma sala assistindo uma palestra
Publicada em: 1 de outubro de 2013 - 09h06 Por: Departamento de Jornalismo - ASCOM

Foi lançada em Rio das Ostras, nesta terça-feira, 1º de outubro, Dia Nacional do Idoso, uma pesquisa inédita no Brasil sobre a Doença de Alzheimer. O estudo, coordenado pela professora e doutora em Saúde Pública da Fundação Oswaldo Cruz – Fiocruz, Mariza Theme, avalia os fatores de risco para o surgimento da doença, apontando que o Alzheimer pode sim ser prevenido, desde que haja controle de males associados, como diabetes, hipertensão e doenças cardiovasculares.

A pesquisa faz parte da Tese de Doutorado da médica Jane Teixeira, especialista em envelhecimento e coordenadora do Programa Municipal de Saúde do Idoso. O Programa, da Secretaria de Saúde, já promove a prevenção dessa e de outras doenças associadas à terceira idade, a partir de atividades físicas, exercícios de cognição e atendimento de saúde. São cerca de 200 pessoas beneficiadas.

“O Município passa a lidar com a Doença de Alzheimer como uma questão de Saúde Pública, assim como orienta a Organização Mundial de Saúde. Vamos levantar dados mais precisos sobre a quantidade de pessoas com a doença em Rio das Ostras e analisar a relação dela com os fatores de risco”, explica Jane Teixeira.

De acordo com a professora Mariza Theme, a pesquisa é muito importante por seu ineditismo no Brasil. “Não existem hoje no Brasil dados sobre a prevalência dos fatores de risco associados ao Alzheimer. Estamos lançando um projeto em Rio das Ostras que pode ser estendido a todo o País”, afirmou.

FATORES – De acordo como estudos internacionais, diabetes, hipertensão, doenças cardiovasculares, obesidade, sedentarismo, fumo e depressão estão relacionados com o surgimento da Doença de Alzheimer, além da herança genética.

No estudo, a equipe do Programa vai registrar dados de saúde dos idosos participantes, como glicemia, relação peso/altura, taxas de colesterol, entre outros. Também será avaliado se a pessoa está em processo depressivo e se conta com o chamado “apoio social”, ou seja, suporte das pessoas próximas – família e amigos – para realizar suas atividades diárias. “Os idosos costumam ser muito colaborativos nas pesquisas”, completou a professora da Fiocruz.

ALZHEIMER – Um relatório divulgado hoje pela Organização Mundial de Saúde (OMS), em 2012, conclamou os governos e formuladores de políticas públicas a considerar a Doença de Alzheimer com uma prioridade mundial no âmbito da saúde pública. Segundo o documento, em 2010, 35,6 milhões de pessoas conviviam com a doença em todo o mundo, e a estimativa é de que este número praticamente dobre a cada 20 anos, chegando a 65,7 milhões em 2030 e a 115,4 milhões em 2050 – por isso a necessidade de ações urgentes de prevenção.

Foto de várias pessoas em uma sala assistindo uma palestra Foto: Divulgação

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