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Rio das Ostras promove rodas de conversa sobre medicamentos e tratamento de Saúde Mental

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    Grupo de Gestão Autônoma de Medicação reúne profissionais do Caps, UFF e usuários da Rede Municipal de Saúde.
Publicada em: 10 de junho de 2021 - 15h27 Por: Departamento de Jornalismo - ASCOM
Grupo de Gestão Autônoma de Medicação reúne profissionais do Caps, UFF e usuários da Rede Municipal de Saúde. Foto: Divulgação

Mesmo enfrentando os desafios da pandemia, o Centro de Atenção Psicossocial de Rio das Ostras- Caps, da Secretaria Municipal de Saúde, mantém em atividade o grupo de Gestão Autônoma de Medicação (GAM). Formado por profissionais de Saúde Mental, alunos do curso de psicologia da UFF e usuários da Rede Municipal de Saúde, o grupo se reúne pela Internet para compartilhar experiências sobre o uso de medicamentos psiquiátricos, tratamento e situações de rotina.

A GAM (Gestão Autônoma de Medicação) teve início na cidade de Quebec, no Canadá, em 1993, por iniciativa de um grupo de pacientes com transtornos mentais, para ajudar outros usuários a refletirem sobre seu tratamento, em especial o uso de psicofármacos.

A partir da proposta original, no Brasil, pesquisadores da Unicamp, UFRJ, UFF, UFRGS, trabalhadores da Saúde Mental e pessoas atendidas pela Rede de Saúde desenvolveram o Guia GAM. O guia é uma ferramenta potente para a produção de autonomia dos usuários de Saúde Mental, a partir do tema da medicação.

GRUPO – O objetivo do Grupo implantado em Rio das Ostras é viabilizar a proposta do Guia GAM: fazer com que os pacientes conheçam melhor os medicamentos que usam e seus efeitos, tenham acesso a informações sobre seu tratamento, seus direitos, dialogar sobre o lugar que a medicação e outras práticas ocupam em suas vidas, assim como ampliar sua rede de apoio e melhorar sua qualidade de vida.

“O conceito de autonomia é baseado no Movimento da Reforma Psiquiátrica Brasileira, ou seja, ela não se constrói de forma solitária e sim na relação com o outro. Para isso, é preciso compartilhar com o grupo suas experiências, seu saber a respeito do seu tratamento. A partir desse princípio é possível olhar o usuário como protagonista e corresponsável pelo tratamento, participando da decisão sobre o melhor tratamento junto com os profissionais que os acompanham”, explica a psicóloga do Caps, Ingrid Corrêa Netto.

Ingrid completa ainda dizendo que “o resultado percebido com essa prática é uma postura mais ativa, de negociação com o técnico de referência, com o médico, com a vida”.

PARTICIPAÇÕES – O Grupo de Gestão Autônoma de Medicação já participou de uma série de eventos de Saúde Mental, como encontros na UFF de Rio das Ostras e Niterói nas Semanas de Psicologia, comemoração à Semana da Luta Antimanicomial, e, mais recentemente, em rodas de conversa online. Contou ainda com representação no Congresso Internacional da GAM, em Santa Maria, no Rio Grande do Sul, em 2018. Membros do grupo também foram convidados a escrever um capítulo de um livro de Saúde Mental, contando sobre a experiência.

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