Rio das Ostras tem programa para quem quer parar de fumar
Publicada em: 3 de junho de 2019 - 09h26 Por: Departamento de Jornalismo - ASCOM

Na última sexta-feira, 31 de maio, foi celebrado o Dia Mundial Sem Tabaco, que foi criado pela Organização Mundial de Saúde – OMS com o objetivo de chamar a atenção sobre os riscos à Saúde ligados ao consumo de tabaco, além de promover a aplicabilidade de políticas públicas eficazes para a reduzir este tipo consumo. Embora não tenha realizado nenhuma celebração oficial, Rio das Ostras tem muito a comemorar, pois conta há anos com o Programa Municipal de Controle do Tabagismo.
De acordo com a coordenadora do Programa, Juliana Paula, atualmente, cerca de 60 pessoas participam do programa, que realiza reuniões em grupo e também atendimento individual. É gratuito e dispensa uso de medicação.
“O vício provoca três tipos de dependência, a psicológica, comportamental e química. Então cada pessoa é estimulada de uma forma diferente. Aqui realizamos um trabalho para que as pessoas se libertem do uso do tabaco. A partir de uma triagem, definimos o tipo de tratamento para cada um”, explica Juliana.
Para Ana Maria Ferreira Campos Lenaz, de 71 anos, o programa contribuiu para muitas mudanças em sua vida. Ela começou a fumar ainda criança, aos 10 anos, quando morava na roça e preparava fumo de palha. Já na fase adulta ela conheceu o cigarro industrializado e fumou por muitos anos.
“Estou há cinco anos sem cigarro. Eu fumava por prazer, para me alegrar e achava bonito. Acabei ficando doente, com muitas dores, má circulação, diabetes e hipertensão. Procurei o programa porque tive medo de morrer e agora tudo mudou. Minha autoestima voltou e me sinto muito mais feliz sem o cigarro”, contou Ana Maria, que frequentou o programa durante um ano.
ATENDIMENTO – O Programa acontece às terças e quartas-feiras, a partir das 9h, na Rua Maria Letícia, número 45, no Centro, onde também funciona o Programa de Saúde Mental, e conta com uma equipe multidisciplinar de psicólogo, enfermeiros e psiquiatra, caso necessário ao tratamento.
“A maioria das pessoas que participa das reuniões tem entre 40 e 50 anos. Aqui mostramos os benefícios de ficar sem fumar. Tem pessoas que já chegaram aqui que fumavam 100 cigarros por dia e o objetivo é estimular e conscientizar que é possível parar de fumar. Apesar de ser lícito, não significa que o cigarro não faz mal. Lembrar que são mais de sete mil substâncias química contidas no cigarro e que mais de 50 doenças diferentes vão para corrente sanguínea inteira. É preciso vontade, dedicação, mas todos podem conseguir”, destacou a coordenadora.